A transição para o digital contribui a redução do impacto ambiental do que é gerado pela instituição
O ano de 2050 é o prazo máximo estabelecido para que a humanidade reduza as emissões de carbono, com a meta individual abaixo de 2 toneladas por ano. Considerando que os estabelecimentos hospitalares têm uma grande intensidade no uso da energia e emitem 2,5 vezes mais gases de efeito estufa do que os edifícios comerciais, estamos falando de um setor que precisa repensar sua atuação no mundo.
Pensando na sustentabilidade e na manutenção da temperatura da Terra, o cálculo da pegada de carbono precisa de bastante atenção. Caso isso não seja feito, a temperatura global pode subir até 2º C até o fim do século, aumentando o nível do mar e acidificando os oceanos, com consequências trágicas.
O setor da saúde, em linhas gerais, produz cerca de 13 kg de resíduos por leito por dia, dos quais 15-25% são resíduos perigosos. Em um cenário nacional, com 6.300 hospitais (ANAHP) ativos, estamos falando de 117,7 mil toneladas de CO2 por ano.
Um dos responsáveis por esses dados alarmantes é o uso do papel. Hospitais e clínicas geralmente têm um alto consumo devido às diversas atividades que envolvem registros médicos, impressões de documentos, formulários, relatórios, e é neste ponto que entra o desafio: a mudança do físico para o digital.
“Uma das dores que identificamos no fluxo hospitalar é o armazenamento de documentos e a quantidade de papéis que circula, comprometendo o espaço físico e muitas vezes os dados dos clientes atendidos”, explica André Marcelo, Head of Sales da Green Paperless, empresa focada na transformação digital e na diminuição do fluxo de papel nas organizações.
A transição de instituições de saúde para tornarem-se ambientes paperless (livre de papel) pode trazer diversos benefícios para hospitais e contribuir para a redução da pegada ambiental. O objetivo principal é substituir documentos físicos por versões eletrônicas, armazenar informações digitalmente e minimizar a dependência do papel em atividades diárias.
“No contexto de hospitais e organizações de saúde, o paperless envolve a adoção de sistemas eletrônicos para a gestão de registros médicos, documentos administrativos, comunicações internas e outros processos relacionados”, completa André Marcelo.
Isso inclui a implementação de prontuários eletrônicos de pacientes, prescrições digitais, digitalização de exames, armazenamento em nuvem e outros recursos tecnológicos para substituir ou minimizar o uso de papel.