Home Gestão Sustentável Estudo mostra que maioria das companhias abertas não divulga suas metas de sustentabilidade

Estudo mostra que maioria das companhias abertas não divulga suas metas de sustentabilidade

by rafaelteoc

Resultado de pesquisa da BR Rating em parceria com a Grant Thornton revela que apenas 2.5% das empresas divulgam metas de sustentabilidade

Pesquisa realizada pela BR Rating em parceria com a Grant Thornton mostra que, das companhias de capital aberto que divulgam relatórios anuais de sustentabilidade, 31% apresentam os temas materiais e, desse percentual, 8% informam as metas relacionadas ao tema, ou seja, apenas 2,5% do total.

Os principais temas materiais divulgados são: equidade de gênero; gestão de resíduos; emissão de gases de efeito estufa; e uso eficiente da água. Os temas materiais pouco divulgados nos relatórios de sustentabilidade são: saúde e segurança no trabalho; gestão de riscos; e uso eficiente de energia. “Definitivamente há uma clara necessidade de informar mais e melhor os temas, metas e resultados alcançados do ESG”, afirma Olavo Rodrigues, sócio fundador da BR Rating.

A divulgação do levantamento fez parte do encontro ESG on board promovido pela BR Rating e Grant Thornton, sob o título: Divulgação de informações ESG das Empresas de Capital Aberto — O que o mercado está reportando? O estudo não tem como objetivo avaliar a qualidade e o comprometimento das empresas com as práticas ESG e sim mostrar ao mercado, de forma clara e objetiva, se as empresas estão reportando seus temas materiais, metas e resultados das principais práticas de sustentabilidade.Rodrigues explica ainda que o estudo também se baseou, além dos relatórios de sustentabilidade, nos relatórios da administração, demonstrações financeiras e formulários de referência. “Apenas 12% das empresas pesquisadas divulgam temas materiais ESG nos Relatórios da Administração, ressaltando que esse documento é elaborado pela direção executiva e aprovado pelo Conselho de Administração e pela assembleia de acionistas, ou seja, pelo sistema de governança das companhias”.

Fazendo um paralelo deste estudo com inúmeros artigos e análises publicados na mídia em geral nos últimos dois anos, Rodrigues conclui que há uma longa jornada a ser percorrida para divulgar, de forma padronizada, as boas práticas ambientais e sociais, integradas com a Governança Corporativa, sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, visando preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo.

“Acredito que a jornada para melhor divulgar os temas materiais, metas e resultados auditáveis do ESG está em constante evolução, mas precisa ser mais rápida em razão do dinamismo do mercado. As boas práticas deveriam ser mais velozes que Leis e Regulamentos”, avalia.

A BR Rating realiza a avaliação independente do grau de maturidade de ESG. A metodologia, desenvolvida em parceria com a PROWA, consultoria especializada em sustentabilidade, abrange a análise de 67 práticas, composta por diversos itens de práticas, agrupadas em 18 Temas, sendo 5 no Pilar Ambiental, 8 no Pilar Social e 5 no Pilar de Governança.